Bandidos explodem caixa em posto de combustível de Caraguá
Explosão destruiu tudo (Fotos: Marcio Rodrigues) |
Relatar explosões de caixas
eletrônicos no Litoral Norte se tornou uma coisa corriqueira para os
jornalistas de plantão. Até parece que perdeu a graça a destruição que isso
provoca. Não só a destruição física do local, mas também a psicológica daqueles
que vivenciam este momento de terror. Sim, porque em muitas vezes tem sempre alguém
trabalhando, em casa, passando pelo local...
Esta madrugada o ataque chegou,
mais uma vez, em Caraguatatuba, quando bandidos fortemente armados com fuzis explodiram
o equipamento da Caixa Econômica Federal (CEF) que fica localizado no posto de
combustível Asa Delta, no Pontal Santa Marina após renderem os funcionários do
estabelecimento.
Era por volta das 3h30. Uma
explosão só, vidros estilhaçados e o equipamento de onde sai o dinheiro
destruído. A informação da polícia é que levaram tudo e fugiram tranquilamente.
Qual o efeito disso? Além do
risco, a sociedade vilipendiada de seus direitos. Recentemente, a reclamação na
Costa Sul de São Sebastião era justamente a falta de caixas eletrônicos para
sacar dinheiro já que as principais agências se localizam na região central. Todos
destruídos por bandidos. Comerciantes não querem mais se arriscar a ter seus
estabelecimentos destruídos com o impacto das explosões – geralmente os
criminosos usam dinamites – fora o risco de morte.
A pergunta que não quer calar. Quem
se responsabiliza pelas perdas desses quiosques? Os bancos, os comerciantes, a
comunidade? E os bandidos? Como conseguem se safar assim tão facilmente,
provocando os estragos e fazendo a polícia de boba? No litoral, a situação é
mais gritante e ousada porque muitos se acham piratas e ainda fogem pelo mar.
A área de fiscalização é muito
grande. Isso a gente sabe. Recentemente a Polícia Federal reativou seu Núcleo
Especial de Policiamento Marítimo (Nepom) para ter uma maior atuação no mar.
Mas o número de policiais é suficiente? E as nossas rodovias? Será que se
houvesse um sistema de monitoramento eficiente e mais abrangente não haveria
uma investigação melhor?
Fica aí a pergunta.
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