quarta-feira, 1 de agosto de 2012


01/08/12

Incompetência e mediocridade

““No ritmo que as coisas andam, teremos mais Clodovis, Tiriricas, mulheres frutas, etc””


Mara Cirino

No dicionário brasileiro, a palavra incompetência, traduzida de uma forma mais amena, quer dizer a ausência de conhecimentos suficientes, inabilidade e ignorância. Já a mediocridade é algo como pequenez espiritual. Uma pessoa de capacidade mediana. Mas o porquê desta introdução? Para tentar entender e explicar o ser humano que, quando é incapaz de produzir algo, tende a colocar culpa em outrem, justamente porque não admite sua pequenez, sua falta de visão.
É até pecado comparar o incompetente com o ignorante porque, este segundo, ao menos não tem capacidade suficiente para externar o que vivencia e vai mais pelo instinto. Mas o incompetente, a esse sim age pela maldade do coração, pois quer encobrir o que não sabe fazer atribuindo essa sua ‘ignorância’ ao vizinho.
Infelizmente, de agora para adiante, até o final dessas eleições, parece que é o que mais veremos neste Brasil que acredita na ignorância de uma parcela mais humilde da nossa sociedade, ou mesmo para se dar bem com seus ‘patrões’ para mostrar que é o suprassumo do marketing político quando deveria ser capaz de se guardar à sua reles significância, ou melhor insignificância.
O advento das redes socais – neste caso Facebook, blogs, twitter - dá a entender que alguns seres pensantes podem ser apontados como o ‘papa’ das Ciências Políticas, que estão interessados realmente na população, e que a população é um cordeirinho que vai aceitar o que lhe é mostrado como o bom, o salvador.
O que não se analisa é que a população está cansada de tanta papagaiada e que no ritmo que as coisas andam, teremos mais Clodovis, Tiriricas, mulheres frutas, homens envaidecidos à frente de administrações públicas não porque são opções coerentes, mas como resposta da população ao que considera palhaçada na política.
Tudo bem que essas pessoas chegaram ao poder por força de voto de protesto, de gozação, de desprezo, pois dizer que foi por voto consciente a gente bem sabe que não, que foi para mostrar o descontentamento generalizado.
Agora, até quando vamos ter de aguentar as pessoas, os assessores, os correligionários agindo como se a população fosse estúpida? Até quando vamos ter de aguentar a mediocridade, a incompetência dessas pessoas que querem justificar o que não conseguem fazer para quem acha que pode suportar.
O mais interessante neste processo é que o incompetente, o medíocre não tem a decência de assumir o que faz junto aos outros. Chega ao seu padrão e justifica: “meu querido, não conseguir fazer isso porque fulano não deixou, porque sicrano impediu, porque beltrano não vai com sua cara”, quando o certo deveria ser: “não fiz porque não deu tempo, porque não sei como fazer, porque não dou conta de cumprir para com minhas obrigações, ai tenho de botar essa culpa em alguém”.
Ora, se em pleno agosto a situação é essa, imagino o que vai ser daqui pra frente quando apertar cada vez mais o processo eleitoral. Que os candidatos a algum cargo público fiquem atentos ao que têm ao seu lado, a não ser que eles se pautem pela mesma cartilha. Ai é mais difícil acreditar em credibilidade política, especialmente para o eleitor que já está desolado com o quadro no Brasil.

Publicado no Imprensa Livre de 1º/8

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